terça-feira, 30 de outubro de 2012

Das folhas nas copas das arvores em plena primavera

Observar o sol nascer na manhã da primavera,
ah, pudera todo dia ser de primavera...
Versos no papel, folhagens voando com a brisa leve
a leve sensação de se sentir assim.

Pra tudo um novo recomeço,
e tudo não parte do zero mesmo?
Um dia de cada vez.
Um pé na frente do outro.

E as elegias são cantos barrocos
de pássaros tenores e sopranos,

Assopramos nosso destino como brisa de primavera,
pois se afinal, tudo já era, foi e ponto,
tanto faz se me importo.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Vilões de nós mesmos

Não cantaremos multidões dilaceradas,
nem pediremos perdão aos inocentes,
não nos tornaremos os hipócritas que tanto criticamos,
os vilões daqueles que não acreditam em nossas verdades;

Estaremos débilmente calados,
repugnantemente cegos,
seremos os mais ignorantes.

Não nos preocuparemos com a existência,
existencialismo é engodo,
Nem choraremos às tristes rosas da melancolia,
sequer nossa alma seria tão pura;

Mas resplandeceremos na sobriedade e na desgraça,
impulsionaremos os outros apenas pelos interesses próprios,
e de poucos,
que se danem os esfaimados, os sofredores, as minorias.
Nós,
seremos a geração mais podre,
da sociedade mais corrupta
e no final, diremos, com convicção:

Eis o que acreditamos ser verdade.

terça-feira, 2 de outubro de 2012