quarta-feira, 17 de abril de 2013

O Papo da Mediocridade

A mediocridade move a massa humana,
na sociedade em que vivo.
Se num futuro, acharem isso num livro,
tiver importância essa minha gana...

Nunca estarei adiante do meu tempo,
pffff... escrevo poesia.
Ando de costas, bem lento.
Parece até que não sabias...

Peguei carona na prosa cedo demais,
e quando vi estava longe pra voltar
mesmo se eu fosse de van,
ou que quisesse ir a algum outro lugar.

Alugou-me a poesia,
chata, velha, cansada
eu fui pra ver onde chegava
não cheguei, nem acho que volto.

Escrevo torto porque não acho que existe
saber escrever.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Inversos

Não tenho culpa
de escrever esses versos,
não assumo a autoria
tiro toda a teoria,
se pudesse fazia inversos.
Não sou dono da linguagem.

Universos de cristal e vidro
se materializam à frente.
Presentes, manifestados, sentidos,
aos olhos da maioria talvez não.

Sou inocente,
escrevi meus versos com culpa
e não me responsabilizo por eles.

Escrevo uma linguagem morta
pra nossa cultura "tão moderna"
pra ver se nesse monte de palerma
pelos menos um dá corda.

Acordei neurótico na madrugada,
tudo podia ser nada,
e eu desisto da informação.

Carreguei nãos por toda a vida.
Mesmo quando fui com o coração.
Fasteei tempo demais na ida,
quase perdi a convicção.

Andei cogitando
não escrever mais poesia.

As Coisas do Tempo

Coisas que a gente faz,
gente que a gente ama,
a gama de sentimentos
voar, cair na lama...

Tempo que a gente mata,
tempo que mata a gente,
mesmo por tudo que a gente faça
não faz quê com o tempo,
sente...
E foi,
restou-nos apenas uma velha lembrança
de horas que nunca foram a lugar algum,
do tempo que poderíam ter sido.

Viajar sozinho em memórias
de coisas que não são de passado.
Aí eu quero ver.