terça-feira, 16 de abril de 2013

Inversos

Não tenho culpa
de escrever esses versos,
não assumo a autoria
tiro toda a teoria,
se pudesse fazia inversos.
Não sou dono da linguagem.

Universos de cristal e vidro
se materializam à frente.
Presentes, manifestados, sentidos,
aos olhos da maioria talvez não.

Sou inocente,
escrevi meus versos com culpa
e não me responsabilizo por eles.

Escrevo uma linguagem morta
pra nossa cultura "tão moderna"
pra ver se nesse monte de palerma
pelos menos um dá corda.

Acordei neurótico na madrugada,
tudo podia ser nada,
e eu desisto da informação.

Carreguei nãos por toda a vida.
Mesmo quando fui com o coração.
Fasteei tempo demais na ida,
quase perdi a convicção.

Andei cogitando
não escrever mais poesia.

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